quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A DESCOBERTA!


            Nascemos em um mundo onde nos é imposto que mulheres devem namorar homens e vice-versa. Somos alfabetizados, aprendemos diversos conteúdos em toda a nossa formação, dentre eles a sexualidade humana, onde nos explicam muitas coisas e novamente sobre o relacionamento heterossexual. Neste momento, em uma sala de aula qualquer está um aluno pensativo, se perguntando: “O que há de errado comigo? Acho muito bonita a minha colega, e outras mulheres que encontro, mas nunca consegui sentir nada de diferente por ela. Sentia algo legal por uma amiga, com quem namorei, porém não é atração, desejo, vontade de estar com ela, somente uma grande amizade e por isso terminamos. Mas não sei o que acontece comigo, porque quando vejo os meninos de minha Escola, amigos ou desconhecidos, sinto algo diferente, não sei se atração ou como explicar. Porém me percebo admirando sua beleza e não porque queria ser assim, mas porque queria poder abraçá-lo, estar com ele, sentir seu carinho... e isso não é normal, afinal eu deveria sentir tudo isso por uma mulher. E porque não sinto?”
            Este jovem aluno encontra-se em muitas Escolas, nas diversas Cidades do Mundo, pois nenhum local ou quase nenhum aborda a sexualidade humana na íntegra, explicando suas diferenças e desta forma um aluno que não entende o que está sentindo fica sem referências, sem orientação e sem saber o que está acontecendo consigo. Assim, julga-se diferente e muitas vezes se afasta do convívio com os outros ou até mesmo é excluído por seus colegas ao perceberem atitudes ou jeitos diferentes.
Neste momento ele sente a necessidade de conversar com alguém da Escola, sua família, ou algum amigo, afinal está com muitas dúvidas. Porém sente medo, receio, pois caso pergunte algo, corre o risco de ser reprimido ou até mesmo punido por ser diferente, tendo em vista que o preconceito ainda é muito grande e que nossos professores, pais e algumas outras pessoas também não foram instruídos sobre a homossexualidade e muitas vezes criam resistências para tentar entender, julgando ser um ato pecaminoso e imoral e não percebendo que neste relacionamento existe muito amor, carinho, respeito, companheirismo, vontade de ter uma família e dedicação mútua, assim como num relacionamento heterossexual, não havendo  então nada de pecaminoso.
Se neste momento você pensar que isso não é verdade, afinal vimos inúmeros relacionamentos homossexuais promíscuos, onde não querem vínculos, importando somente o sexo com ou sem benefícios financeiros, direi: “Certamente existem muitos casos assim, mas se olharmos nossa sociedade heterossexual, não veremos inúmeras situações iguais? Não existem casais de heteros em que o esposo/namorado trai  sua companheia ou vice-versa? Não existem mulheres e homens que se utilizam do sexo para se beneficiarem financeiramente?
Então... Da mesma forma que existem problemas de caráter, de conduta e nos relacionamentos dos heterossexuais, existem com os homossexuais. Afinal somos todos humanos e passíveis de erros.
            Por tudo isso que relatei, algo que acredito e defendo, gostaria que todos repensassem esta questão e percebessem o quanto existe de sofrimento até a plena aceitação por parte dos homossexuais, afinal neste início nem mesmo eles se compreendem, sendo uma fase em que deveriam receber muito apoio e orientações, mas infelizmente são expostos a muitos atos preconceituosos.
Sou heterossexual, nunca passei por isso, mas me utilizo da empatia e isso me sensibiliza muito. Empatia não só em relação à homossexualidade, mas em tudo na minha vida, pois sempre me coloco no lugar do outro para que possa tomar as decisões da melhor forma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário