segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A DIFÍCIL ARTE DA ACEITAÇÃO


            Retorno aos meus artigos, com o tema ACEITAÇÃO, para que possamos refletir um pouco sobre isso.
            Como já comentei, o homossexual durante a sua descoberta enfrenta dificuldades em aceitar-se, e isso muitas vezes é gerado pelo medo de sua família, de seus amigos e de si próprio. Afinal, ele não sabe como lidar com o diferente, tendo em vista que cresceu em uma sociedade hetero onde muitas vezes foi levado a acreditar que aquilo que está sentindo por alguém do mesmo sexo, é imoral e pecaminoso.
            Se esta aceitação é difícil para o homossexual, possivelmente será maior ainda para sua família. Por isso incentivo a todos os homossexuais, cujas famílias já saibam, que conversem e tentem explicar e mostrar que a única diferença entre vocês e os heteros, é a forma de amar (atração pelo mesmo sexo), pois o afeto, o amor, o carinho e amizade na relação homossexual é o mesmo. Caso tenham dificuldades, e sei o quanto é difícil porque tenho amigos que até hoje não conseguiram ter uma conversar aberta com sua família, confiem isso a algum amigo ou outro familiar que os entenda.
Afinal, seus familiares talvez não saibam exatamente o que é ser homossexual, e quando ouvem esta palavra pensam logo em: promiscuidade, AIDS, depravação e tantas outras coisas. Porém sabemos que não é isto e assim temos a obrigação de explicar a eles.
E aos homossexuais, cujos familiares não sabem, incentivo que tenham sempre um amigo a quem possam confiar seus medos, suas dúvidas e receber um apoio nas horas difíceis, porque sabemos o quanto é complicado enfrentar o enorme preconceito que existe em torno da homossexualidade. E peço também para que jamais deixem-se oprimir por comentários maldosos, pois eles são feitos por pessoas que talvez não tenham conhecimento sobre o que é ser homossexual e não se coloquem eu seu lugar para perceber o quanto é triste enfrentar tal preconceito.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

UNIÃO HOMOAFETIVA

Neste dia 05 de maio, 11 dias antes de ser comemorado o Dia Internacional de Combate à Homofobia, celebramos o reconhecimento, pelo Supremo Tribunal Federal, da União Homoafetiva sendo esta, reconhecida como um núcleo familiar como qualquer outro, ficando suscetível aos mesmos direitos e obrigações de casais formados por homens e mulheres. Conforme a notícia do link abaixo, com esta decisão, 112 direitos que até então eram exclusivos aos casais formados por homem e mulher poderão ser estendidos aos casais homossexuais, como comunhão de bens, pensão alimentícia, pensão do INSS, planos de saúde e herança.

PARABÉNS aos Ministros do STF, por aprovarem algo muito justo e de extrema importância a várias pessoas.

Link da Notícia:

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/ministros-do-supremo-reconhecem-por-unanimidade-uniao-estavel-entre-homossexuais-20110505.html

Link do Vídeo da Maravilhosa Defesa do Advogado Luiz Roberto Barroso

domingo, 1 de maio de 2011

TRECHOS DO LIVRO DE RICKY MARTIN


Quero compartilhar um livro que estou terminando de ler. Este livro é escrito por Ricky Martin, que está com 38 anos, é pai de gêmeos através de barriga de aluguel e vendeu mais de 60 milhões de discos em sua multipremiada carreira.
Nele, Ricky fala sobre decisões importantes, como a revelação sobre sua homossexualidade, a paternidade e seu compromisso com ajuda a crianças vítimas de tráfico infantil. Este livro é realmente maravilhoso.
Abaixo seguem alguns trechos que achei importantes, dentre vários que se encontram no livro.

“... Esse é o mundo que estou criando para meus filhos – e sei que somos muitos tentando moldar uma nova geração que saberá a real importância da aceitação e da tolerância, que saberá o significado da palavra “preconceito”. É um mundo em que não importa se você é bissexual, homossexual ou heterossexual, e em que todos são exatamente o que são”.

Lutando contra o preconceito

“Infelizmente, o preconceito existe até hoje. A mídia muitas vezes caracteriza os homossexuais como pessoas unidimensionais, sem nenhuma profundidade, como se um ser humano pudesse ser reduzido à sua sexualidade. A própria linguagem utilizada no mundo todo para designar os homossexuais é terrivelmente degradante: palavras como “bicha”, “viado”, “sapatão”, “frutinha” e outras servem apenas para perpetuar o ódio e a discriminação entre as gerações mais jovens. Devido à carga emocional que transportam, tais expressões criam, sem nenhum alarde, uma atmosfera de intolerância e homofobia, em que os jovens têm medo de ser quem realmente são. Não vou mentir; em algum momento insensível de minha vida, também usei essas palavras para tirar sarro de pessoas como eu. Mas, logicamente, fiz isso para “provar” para as pessoas ao meu redor que eu era de fato “heterossexual”. Acho que só se pode odiar aquilo que está bem entranhado em seu ser. Caso contrário, por que perdermos tanto tempo com um sentimento tão doloroso e destrutivo como o ódio?”

“...Generalizações geram discriminação; e enquanto ainda houver gente no mundo disposta a rotular as pessoas de acordo com sua nacionalidade, raça, sexo, sexualidade ou a cor de seus cabelos, haverá discriminação...”

“... Gostaria de poder dizer que sou homossexual por este ou aquele motivo. Mas não posso. Pelo que sei, ninguém sai por aí explicando por que gosta do sexo oposto, por que gosta de loiras ou por que gosta de carecas. Uma pessoa sente o que sente, e tentar explicar os motivos não apenas é inútil, mas errado. Atração não tem uma razão lógica. Ela simplesmente acontece, e, como seres humanos, o máximo que podemos fazer é reagir a ela...”


Livro: Eu
Autor: Ricky Martin

Não deixem de ler... Vale a pena.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

"E SE..."



Gostaria de compartilhar com vocês, este maravilhoso texto escrito por meu amigo Felipe Brandt. Oriento que antes de iniciarem a leitura, cliquem no botão play do retângulo acima,
e boa leitura... ao som da música True Colors de Cindy Lauper.


Não estamos procurando a perfeição dos nossos corpos nas academias e clínicas estéticas do planeta... Não estamos procurando o melhor e mais recente lançamento do ano...

O que estamos procurando incessantemente nisso é a nossa felicidade, mesmo sem nos darmos conta que ela esta na simplicidade das coisas. Talvez tenhamos apenas esquecido algo uma vez que a correria do nosso mundo nos faça passar depressa de mais por algumas coisas e percamos o sentido do porque realmente estamos aqui. A felicidade é o nosso desejo, nossa busca e maior conquista.

HUMANIDADE... Ainda acredito nela e quem a perde, perdeu seu último e mais importante valor, que é o amor e a tolerância... Mesmo que sejam para um completo desconhecido... este ainda necessita ser reconhecido como pessoa... como ser humano.
Qualquer pessoa que segrega outra, não há argumentos transcritos em palavras que me façam crer que ainda possua valores em si. Quem ateia fogo em outro ser como brutalmente “animais” o fizeram com um morador de rua em São Paulo; ou que por livre e espontâneo ódio mais de 260 filhos, namorados , estudantes, colegas de classe, melhores amigos de alguém, netos de alguém... por serem gays, perdem a vida todos os anos, e outros vários tiram suas próprias vidas porque se deixaram convencer que não tem seu lugar aqui, motivados por um ódio descabido, irracional de alguém que está vazio de informações de humanidade.

INFORME-SE. Desconhecimento gera intolerância. Perdendo um amigo ou filho acabamos pensando “E SE...”.

E se eu tivesse dado uma chance...
E se eu tivesse aceito...
E se eu tivesse me posicionado em sua defesa ao invés de dizer que era errado e indecente....

“E SE...” é uma variável que não se aplica aqui, temos o “AGORA” pra fazer toda uma diferença. Estou aqui para fazer algo por alguém que nem conheço... por alguém que pode estar no seu quarto, sentado, lendo isso como último recurso antes de tomar uma decisão descabida e sem volta.

Faço isso porque me sinto na obrigação com você e tenho me empenhado de todas as maneiras para fazer a diferença de alguma forma positiva. Por mais que agora pareça que está tudo perdido e sem solução. Acredite... as coisas melhoram, pois tem muito a se enfrentar até chegar lá. A intolerância está nos outros. E o ódio que eles descontam em você está neles próprios... Não se sinta menor ou sem amparo; diferente ou errado. Está tão certo e é tão perfeito e amado por Deus quanto qualquer outra pessoa.

Agora me dirijo as pessoas que ainda não possuem esse conhecimento... Imagina se tirassem o direito de você ter seu bem mais querido?


Ou pior se lhe tirasse o teu sopro de vida, o mais valioso, esperado e que melhor te completa?


Como seria? Infeliz e incompleto né...

Voltando um pouco no tempo, quando você está formando seus conceitos de mundo e formando suas opiniões, e lhe dizem que você não tem lugar nesse mundo... São palavras que causam danos tão profundos na sua alma e auto estima que você acaba acreditando que é assim mesmo. E como não tem lugar, passa a acreditar que não fará falta.


Cada vez que uma pessoa vítima de bulling por preconceito a alguma coisa, tira sua própria vida devemos nos sentir responsáveis, porque ninguém nasce homofóbico ou intolerante a alguma coisa, isso se aprende.


Por que não legalizar a união para relações homoafetivas? Afinal, elas são baseadas nos mesmos quesitos de confiança, amor e respeito.
Por que não conceder o direito de adoção ao casal homossexual?


Por que, deliberadamente, impedir ou dificultar a felicidade?

Esse não é um direito seu...

Não propague esse sentimento...

INFORME-SE....
Votem a favor da lei que garante os direitos homoafetivos. Isso é dar um voto a humanidade e acender uma luzinha em dias de completa escuridão.

Autor do texto: Felipe de Oliveira Brandt

segunda-feira, 18 de abril de 2011

ENTENDENDO QUE SER GAY NÃO É UMA OPÇÃO....

Através deste vídeo podemos compreender um pouco mais, que ser homossexual não é uma escolha e sim uma condição.

domingo, 17 de abril de 2011

NA LUTA CONTRA O PRECONCEITO

Observando tantos vídeos que nos chocam por conterem tamanha violência, gostaria de compartilhar um em especial que demonstra o contrário, e nos ajuda a pensarmos diferentes, amarmos e apoiarmos nossos amigos ou familiares homossexuais.




Outro vídeo que gostaria de compartilhar, é sobre um estudo em relação à raiz do preconceito. Nele há evidências que muitos homofóbicos na verdade possuem desejos ocultos por pessoas do mesmo sexo e por isso abominam os homossexuais. Sendo esta agressão, um meio de dizerem a si mesmos que não concordam com os seus sentimentos e que devem tentar exterminá-los. Essa não aceitação, infelizmente acaba refletindo em pessoas que se aceitam e estão tentando conviver com as suas diferenças em relação à sociedade. Levando a episódios muito tristes, como foi mostrado no Conexão Repórter.
Abaixo está o link, mostrando como o estudo foi realizado.

REPORTAGEM DO CONEXÃO REPÓRTER

Neste mês de abril, o Conexão Repórter realizou uma excelente matéria sobre a homossexualidade e o terrível preconceito existente. Onde mostrou-se atos infundados de extrema violência. É impossível acreditar que os seres humanos, intitulados como seres racionais... podem ser capazes de agir com tamanha crueldade, simplesmente para mostrarem-se “homens” perante a sociedade e dizerem que são contra os homossexuais.
É lamentável que estas pessoas, não se coloquem em nenhum momento no lugar do outro e tentem compreender que homossexualidade não é em momento algum uma questão de escolha.
Na reportagem foram abordadas histórias de violência e dos grupos que possuem aversão a homossexuais; violência a travestis; e uma história muito bonita de aceitação de uma família ao seu filho homossexual, demonstrando um grande exemplo de amor.
Quanto ao segundo vídeo que aborda grande parte da violência aos homossexuais e travestis que praticam a prostituição, gostaria de ressaltar o que disse no meu artigo intitulado A DESCOBERTA, que: “Certamente existem muitos casos em que homossexuais e travestis se utilizam da prostituição como forma de trabalho; outros em seus relacionamentos amorosos, acabam traindo seus parceiros, dentre outros exemplos..., mas se olharmos nossa sociedade heterossexual, não veremos inúmeras situações iguais? Não existem casais de heteros em que o esposo/namorado trai sua companheira ou vice-versa? Não existem mulheres e homens que se utilizam do sexo para se beneficiarem financeiramente? Sendo assim, não podemos generalizar homossexuais e travestis como sendo promíscuos, porque tudo depende da maneira que cada pessoa escolhe para viver sua vida. E nisso, só ela poderá optar, por mais que talvez possamos achar errada essa forma de viver.
O que não podemos é discriminar alguém, pelo simples fato dele gostar de uma pessoa do mesmo sexo.
Abaixo estão os links para a reportagem do Conexão Repórter:
PARTE 1


PARTE 2



PARTE 3

terça-feira, 12 de abril de 2011

ABOMINÁVEL PRECONCEITO

           Incrível pensar que na atualidade, existindo tantos meios de comunicação, ainda exista um grande espaço para o preconceito em relação à homossexualidade. Um exemplo disso aconteceu com o jogador de vôlei Michael que durante uma partida foi alvo de insultos homofóbicos por parte da torcida. Veja a notícia neste link: http://kiminda.wordpress.com/2011/04/05/jogador-de-volei-michael-assume-ser-homossexual%E2%80%8E/
Porém, em outra partida, sua equipe e torcida demonstraram imenso apoio ao jogador, através de camisas com dizeres contra o preconceito e violência, conforme o link a seguir: http://www.youtube.com/watch?v=Qau-n8j2bV0. Mostrando que o fato dele ser homossexual não influencia em nada na sua carreira ou mesmo na admiração de seus fãs.
Afinal, temos que começar a perceber que caráter, competência e integridade, não têm relação alguma com a sexualidade. E que independente da pessoa ser homossexual, bissexual, transexual ou heterossexual, devemos respeitá-la e amá-la sem fazer julgamentos.
Tendo em vista acontecimentos como estes, e muitos outros, não podemos continuar desinformados a respeito do que é a homossexualidade, pois só através da informação é que poderemos pelo menos tentar compreender essa outra forma de amar, amar um ser do mesmo sexo, e que em nada altera a essência do AMOR. Lembrando sempre que ser homossexual não é uma opção e sim uma condição.
Deixo um vídeo muito interessante e que tenta explicar o que é a homossexualidade.



terça-feira, 22 de março de 2011

O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO

            Em nosso desenvolvimento enfrentamos várias crises e processos de auto-afirmação até construirmos nossa personalidade. Durante este período que normalmente se acentua na adolescência começamos a buscar nossos “semelhantes” através da inserção em grupos que mais se identificam conosco. Neste momento tentamos encontrar em nossos amigos as mesmas vivências, questionamentos e formas de pensar, porém quando não há esta identificação tenta-se a aproximação em outros grupos e assim sucessivamente.
            No decorrer deste processo, muitos adolescentes, motivados talvez pela timidez, acabam isolando-se por não se enquadrarem nos grupos existentes. Podemos encontrar dentre estes adolescentes: pessoas tímidas, apenas; pessoas com alguma deficiência; outros que possuem uma história de vida conturbada e por que não alguns homossexuais?
            Assim, estes adolescentes que não se enquadram nos grupos existentes, sentem-se sós e buscam apoio em seu núcleo familiar. Porém, mesmo nas famílias mais desestruturadas, normalmente existe um membro que fornecerá o apoio solicitado. E ao homossexual? Que apoio será dado? A quem ele recorrerá? Afinal, neste ponto do desenvolvimento devemos lembrar que os adolescentes encontram-se em uma fase de descobertas e auto-conhecimento, sendo que muitos homossexuais e transexuais, durante este período, nem mesmo sabem o que estão sentindo e o que está acontecendo com seu corpo, e tão pouco podem compartilhar suas dúvidas devido ao preconceito existente.
            Neste momento, muitos se sentem: “anormais”, pois fogem aos padrões da sociedade por gostarem de pessoas do mesmo sexo; “inferiores” e “pecadores”, dentre outras coisas. Infelizmente, como alternativa a todo o sofrimento que enfrentam por não poderem compartilhar com sua família as dúvidas e preocupações e receber a aceitação, muitos tentam ou idealizam ou suicídio. E posso afirmar que isto ocorre em muitos casos, pois ouvi pelo menos 3 relatos de amigos, que durante suas crises de identidade, idealizaram e até mesmo praticaram a tentativa de suicídio, e que felizmente não obtiveram êxito. E um outro amigo, que durante o cursinho pré-vestibular, acabou cometendo suicídio durante as férias. Algo muito doloroso, e marcante, e que embora ele nunca tenha conversado abertamente comigo, tenho 99,9% de certezas quanto a sua homossexualidade. Sendo muito triste ver nossos colegas de cursinho rirem dele durante a aula, devido ao seu tom de voz agudo e eu não poder fazer nada...
            Lamentável, que em nossa sociedade tão evoluída ainda possam existir casos assim.   Por tudo isso, faço sempre um apelo para que se coloquem no lugar dos homossexuais e transexuais, pois não é nada fácil vivenciar tantas experiências dolorosas devido ao preconceito existente. E aos pais, deixo meu pedido de compreensão e aceitação, pois entendo o quanto é difícil aceitar o “diferente”, mas lembre-se que antes de tudo ele é seu filho e merece todo o seu amor. Não tenham medo de conversar com seu(sua) filho(a), pois muitos adolescentes e até mesmo adultos, não conseguem iniciar esta conversa por medo ou vergonha, embora sintam imensa vontade de compartilhar suas vivências com sua família.
            Deixo como dica, o link de uma reportagem muito interessante sobre o Amor. E novamente indico o Filme Orações para Bobby para um melhor entendimento.


sábado, 19 de fevereiro de 2011

ACEITAÇÃO

         No último artigo, comentei sobre o Filme Orações para Bobby, filme este que acho emocionante e que por ser baseado em fatos reais continua refletindo a nossa realidade e assim nos auxilia em vários entendimentos.
        Sabemos que nossa realidade, por vezes é muito cruel e massacrante motivada pelo enorme preconceito, pois não se percebe o quanto é difícil para o próprio homossexual a sua aceitação. Desta forma, muitos acabam tornando-se depressivos e perdem a motivação pela vida, pois não conseguem se enquadrar no perfil da sociedade e assim, sentem-se “aberrações”. Nesta hora deveria entrar o apoio familiar, o que em muitos casos é impossível, tendo em vista que os pais e familiares não aceitam esta forma de amor. E aí se recorre para quem?
      Amigos com certeza entram em cena nestas horas, dando apoio, tentando mostrar que a homossexualidade não é anormal, que devem continuar traçando seus objetivos e que os amamos da mesma forma, sendo hetero ou homossexuais. Porém, não é o suficiente... E se nos colocarmos em seu lugar, certamente entenderemos porque todo este apoio dos amigos não é o bastante...
Afinal, todos nós gostamos de compartilhar com a família as nossas expectativas, dúvidas, objetivos, amores e tudo mais, e quando isto não é possível nos sentimos fragilizados.
     Imaginemos o quanto deve ser terrível, por exemplo:
- Você conhecer alguém, se apaixonar e ter que esconder de todos, e principalmente de seus familiares...
- Não poder andar de mãos dadas e nem mesmo expressar o que sente pelo outro em público...
- Ter que viver por vezes uma vida dupla, sendo o filho tão esperado e onde foram depositadas muitas expectativas, principalmente que terá muitas namoradas (embora nunca tenha apresentado uma e a família ache um pouco estranho) e que num futuro se casará (com uma mulher) e terá muitos filhos e uma família tradicional...
E em outros momentos (em outras cidades, muitas vezes) poder ser você mesmo e namorar a pessoa que realmente sentir atração...
- Ou até mesmo, e que não é difícil encontrar... Ter que casar-se com uma mulher, para satisfazer sua família e mostrar a sociedade que você é “normal”. E em compensação ter de viver uma vida de infelicidades, tendo que reprimir seus desejos e aparentar algo que não existe na integralidade...
      São situações muito complicadas e que o levam a fazer inúmeros questionamentos internos que contribuem de certa forma, para sua demora em aceitar-se como homossexual.
     Este doloroso processo é enfrentado diariamente por inúmeros homossexuais, porém alguns acabam enfrentando suas famílias e contando a verdade, pois não agüentam ter de viver uma vida dupla tendo que omitir de seus familiares amados, tantos momentos especiais que vivenciam, assim como muitas angústias que enfrentam. E neste momento, quando conseguem a aceitação de sua família, enfim enxergam-se como pessoas normais, tornando-se mais seguras e novamente voltando a traçar objetivos esquecidos ante as preocupações geradas pelo desconforto de sua condição.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

ORAÇÕES PARA BOBBY



Neste novo artigo resolvi colocar a sinopse do filme Orações para Bobby, que recomendo para um melhor entendimento do que escrevi até agora. Filme este maravilhoso, e que expressa os sentimentos vivenciados por uma família ao descobrirem que possuem um filho homossexual. Deixarei também um link de seu trailer no Youtube e outro com o link que possuem o filme na íntegra e dublado, para quem tiver interesse em assisti-lo e não conseguir encontra-lo.

Sinopse:

Este é um filme baseado na história verídica de um jovem homossexual, que aos 20 anos suicida-se. Sua mãe, “Mary Griffith”, interpretada por Sigourney Weaver, sabedora da sexualidade do filho acredita “curar” o filho com base na religião e terapias, pois segue à risca as doutrinas de sua Igreja. Porém, quatro anos depois (1979) Bobby (Ryan Kelley) lança-se de uma ponte, suicidando-se.
Depois desse fato, Mary descobre um diário de Bobby e passa a entender de fato o que se passava na mente dele. Também buscando respostas na religião, Mary passa a interpretar de outra forma os textos bíblicos, passando a acreditar que a homossexualidade não é condenável, tornando-se uma ativista dos direitos dos homossexuais.
Um filme intenso, dramático, e que espelha ainda hoje a realidade de muitos jovens no mundo.

TRAILER:



FILME NA VERSÃO DUBLADA

http://www.youtube.com/watch?v=qqdozaIryvc


FOTO DA FAMÍLIA EM QUE O FILME FOI BASEADO

*Bobby é o rapaz de azul da esquerda.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A DESCOBERTA!


            Nascemos em um mundo onde nos é imposto que mulheres devem namorar homens e vice-versa. Somos alfabetizados, aprendemos diversos conteúdos em toda a nossa formação, dentre eles a sexualidade humana, onde nos explicam muitas coisas e novamente sobre o relacionamento heterossexual. Neste momento, em uma sala de aula qualquer está um aluno pensativo, se perguntando: “O que há de errado comigo? Acho muito bonita a minha colega, e outras mulheres que encontro, mas nunca consegui sentir nada de diferente por ela. Sentia algo legal por uma amiga, com quem namorei, porém não é atração, desejo, vontade de estar com ela, somente uma grande amizade e por isso terminamos. Mas não sei o que acontece comigo, porque quando vejo os meninos de minha Escola, amigos ou desconhecidos, sinto algo diferente, não sei se atração ou como explicar. Porém me percebo admirando sua beleza e não porque queria ser assim, mas porque queria poder abraçá-lo, estar com ele, sentir seu carinho... e isso não é normal, afinal eu deveria sentir tudo isso por uma mulher. E porque não sinto?”
            Este jovem aluno encontra-se em muitas Escolas, nas diversas Cidades do Mundo, pois nenhum local ou quase nenhum aborda a sexualidade humana na íntegra, explicando suas diferenças e desta forma um aluno que não entende o que está sentindo fica sem referências, sem orientação e sem saber o que está acontecendo consigo. Assim, julga-se diferente e muitas vezes se afasta do convívio com os outros ou até mesmo é excluído por seus colegas ao perceberem atitudes ou jeitos diferentes.
Neste momento ele sente a necessidade de conversar com alguém da Escola, sua família, ou algum amigo, afinal está com muitas dúvidas. Porém sente medo, receio, pois caso pergunte algo, corre o risco de ser reprimido ou até mesmo punido por ser diferente, tendo em vista que o preconceito ainda é muito grande e que nossos professores, pais e algumas outras pessoas também não foram instruídos sobre a homossexualidade e muitas vezes criam resistências para tentar entender, julgando ser um ato pecaminoso e imoral e não percebendo que neste relacionamento existe muito amor, carinho, respeito, companheirismo, vontade de ter uma família e dedicação mútua, assim como num relacionamento heterossexual, não havendo  então nada de pecaminoso.
Se neste momento você pensar que isso não é verdade, afinal vimos inúmeros relacionamentos homossexuais promíscuos, onde não querem vínculos, importando somente o sexo com ou sem benefícios financeiros, direi: “Certamente existem muitos casos assim, mas se olharmos nossa sociedade heterossexual, não veremos inúmeras situações iguais? Não existem casais de heteros em que o esposo/namorado trai  sua companheia ou vice-versa? Não existem mulheres e homens que se utilizam do sexo para se beneficiarem financeiramente?
Então... Da mesma forma que existem problemas de caráter, de conduta e nos relacionamentos dos heterossexuais, existem com os homossexuais. Afinal somos todos humanos e passíveis de erros.
            Por tudo isso que relatei, algo que acredito e defendo, gostaria que todos repensassem esta questão e percebessem o quanto existe de sofrimento até a plena aceitação por parte dos homossexuais, afinal neste início nem mesmo eles se compreendem, sendo uma fase em que deveriam receber muito apoio e orientações, mas infelizmente são expostos a muitos atos preconceituosos.
Sou heterossexual, nunca passei por isso, mas me utilizo da empatia e isso me sensibiliza muito. Empatia não só em relação à homossexualidade, mas em tudo na minha vida, pois sempre me coloco no lugar do outro para que possa tomar as decisões da melhor forma.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

CONTEXTUALIZANDO A HOMOSSEXUALIDADE

O assunto Homossexualidade ainda é muito delicado, tendo em vista o inúmero preconceito que existe sobre ele. Devemos lembrar que o Homossexualismo já foi considerado um Transtorno Mental em tempos passados (sufixo ismo = doença na Medicina), fazendo parte do CID (Classificação Internacional de Doenças) e do DSM (Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais), porém felizmente a partir de 1973 a Associação Psiquiátrica Americana iniciou a retirada destas classificações dos referidos Manuais.
Sendo que em 17 de maio de 1990 a Organização Mundial da Saúde retirou o termo da sua lista de doenças mentais, declarando que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão” e que os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham o tratamento e cura da homossexualidade. Assim, foi declarado 17 de maio como o Dia contra a Homofobia. Desta forma, passamos a abolir o termo homossexualismo, tendo em vista o “peso” que este carrega, e utilizar a palavra Homossexualidade.
            Além de ter sido referenciada como uma doença, a homossexualidade ainda sofreu e vem sofrendo preconceitos de base religiosa, onde a sua prática é considerada pecado. Relembrando um pouco da história, vimos que a Igreja Católica em seu surgimento condenava tanto as práticas hetero quanto homossexuais, porém diante do impulso sexual, a Igreja passou a “tolerar” a heterossexualidade, tendo em vista que o ato sexual seria para fins reprodutivos. Já a homossexualidade foi e continua até hoje sendo reprimida e criticada, como se fosse uma escolha de cada pessoa ser: hetero, homo ou bissexual, que são as três principais categorias da Orientação Sexual.
            E assim, infelizmente o preconceito vem crescendo. Contribuindo ainda mais para a baixa auto-estima dos homossexuais que não conseguem se aceitar desta forma, muitas vezes por medo do preconceito e da discriminação de sua família e da sociedade ou até mesmo porque tinham o desejo de constituírem uma família sendo heterossexuais e diante do fato de não sentirem atração pelo sexo oposto, sentem-se diferentes e inferiores, tentando muitas vezes o suicídio como forma de se livrarem deste sofrimento.
          
        Por isso a importância da EMPATIA, pois ninguém gostaria de enfrentar preconceitos e discriminações.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

EMPATIA!!

Com este pequeno artigo dou início ao meu blog, que tem como objetivo principal sensibilizar as pessoas para que compreendam o que é a homossexualidade.

Sendo assim, gostaria que cada pessoa pratica-se a EMPATIA, ou seja, se colocasse no lugar dos homossexuais. E neste momento sugiro ainda um "exercício mental".. em que imagine a nossa sociedade sendo formada por casais não mais heterossexuais, e você (homem ou mulher heterossexual que está lendo), tendo que gostar de alguém do mesmo sexo... Conseguiria? Creio que não. Então coloque-se sempre no lugar dos homossexuais, antes de realizarem qualquer crítica.
Devemos lembrar também que ser homossexual não é uma opção, e sim uma condição. Assim como não fizemos a opção de termos os olhos azuis, verdes ou castanhos e nem de termos os cabelos loiros ou pretos, não optamos por sermos homo ou heterossexuais, simplesmente nascemos com um desejo voltado a pessoas do mesmo sexo ou sexo oposto.
Então...vamos lá... Vamos praticar a Empatia com todas as pessoas, pois assim será mais difícil de machucarmos alguém com palavras ou atos, pois não gostaríamos de maneira alguma que fizessem isto conosco.

Espero ter conseguido atingir de uma forma positiva a todos que lerem.